2013

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O aniversário de Malasartes

O texto abaixo foi utilizado como base para a interpretação dos alunos da turma 192.

O ANIVERSÁRIO DE MALASARTES

Era aniversário de Pedro Malasartes. Ele adorava uma festa, mas estava sem dinheiro para festejar o aniversário. Resolveu então, visitar o primo que tinha muito dinheiro e, certamente, lhe ofereceria alguma coisa, apesar de ser um tanto pão-duro. Chegando a fazenda do primo, este o recebeu com muito entusiasmado, não pela visita, mas por economizar assim a viagem a casa do aniversariante. Entraram e o primo foi logo oferecendo:

— Ó, primo Pedro! Tenho aqui uma broa, fresquinha!

— Não, primo, basta um cafezinho.

— Mas é seu aniversário primo, sou um pão-duro, mas um pouco de cortesia ao primo não faz mal! Se quiser é só pedir.

Malasartes novamente agradeceu, porém continuou só com o café. Continuaram proseando e, em meio à prosa, o primo lhe diz:

— Olha Pedro, ontem mandei matar aquele leitão capado que eu vinha engordando. Temos uma porção de torresmo e toucinho frescos que mandei preparar. Quer um pouco, pois tenho bastante?

— Nada primo, pode deixar, basta um cafezinho.


E assim, o primo de Pedro Malasartes, querendo lhe agradar pela passagem do aniversário e ao mesmo tempo percebendo que Malasartes não estava querendo lhe dar despesa, foi oferecendo um pouco de cada coisa que tinha na despensa. Malasartes ouvia e recusava; contentando-se só com o cafezinho. E continuaram nessa toada até que ouviram uma tímida batida na porta. O primo de Malasartes se levantou, abriu a porta e pegou de espiar; do lado de fora havia uma verdadeira multidão de conhecidos. O primeiro foi logo falando:

— Olha, desculpa a intrusão, mas ficamos sabendo que Pedro Malasartes estava por aqui e passamos somente para dar lhe dar os parabéns.

Desconfiado, mas sem ter como recusar, o primo convidou a todos para entrar, mas foi logo avisando:

— Meus amigos! Gostaria de lhes oferecer alguma coisa, porém... quase nada tenho na despensa...

Malasartes, deixando de lado o cafezinho e interrompendo o primo, falou:

— Primo, sabe aquele torresmo, aquele toucinho, aquela broa, e tudo mais que você me ofereceu? Agora eu até quero um pouquinho, que já me cansei desse cafezinho que tomava pra modo de esperar o pessoal chegar...

O primo ficou aturdido, tonteou... parecia inté que estava para dar a alma a Deus; entretanto, uma vez que o oferecido estava em vigor, acabou bancando toda a festa. Pois foi assim que Pedro Malasartes teve a sua festança.

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